Café philo | Foucault e Deleuze os intelectuais e o poder

Café philo | Foucault e Deleuze os intelectuais e o poder

Discussão do papel do intelectual diante da crise do marxismo e da desconfiança na representação política. O intelectual é aquele que fala em nome dos que “não tem voz” na sociedade? Ele é uma consciência representante ou representativa, ou é aquele que reconhece a indignidade de falar pelos outros? O intelectual não faz parte, enquanto consciência representativa, do mesmo sistema de poder que impede e barra os saberes e discursos tornados insignificantes? Foucault e Deleuze entendem que deixa de ter sentido pensar que o intelectual é o representante de uma classe, aquele que dita lei a ser seguida pelo governante, o mestre da verdade e da virtude. A elaboração teórica não é capaz de determinar a prática. Toda teoria é uma prática (Foucault), uma caixa de ferramentas (Deleuze): é preciso que ela sirva e funcione. Teorizar não é totalizar, mas multiplicar. Deixa de ser papel principal do intelectual a luta por uma “tomada de consciência”. Sua tarefa precípua consiste em se colocar ao lado de todos aqueles que tentam escapar dos ardis do abuso do poder e suas sutilezas, seja em suas instâncias superiores seja na trama das práticas sociais que nos são imediatas e próximas.

Palestrantes:

Prof. Dr.Cesar Candiotto (PUCPR)
Prof. Dr.Eladio Craia (PUCPR)

Data: 6/10 (sexta)
Horário: 19h30
Local: Café Babette
Evento aberto ao público e gratuito